03 abril 2011

Dia das mentiras


Parece que o costume de contar mentiras surgiu em França no século XVI.

Durante muito tempo festejou-se o início do ano no dia 1 de Abril mas o rei resolveu adoptar outro calendário, o gregoriano (clica para saberes o que é gregoriano), pelo qual o ano começava a 1 de Janeiro. Muitas pessoas não se conformaram e continuaram convites para festas e votos de feliz ano novo em Abril. Então, alguns brincalhões passaram a divertir-se, anunciando celebrações que não se realizavam. Daí a té dizerem outras mentirolas foi um passo.

Hoje, até os jornais, a rádio e a televisão fazem gala em inventar as suas mentiras.



É DIA DAS MENTIRAS




É o Dia das Mentiras.

Ninguém vai levar a mal

que se inventem mil mentiras

e até saiam no jornal.


Disse-me o primo Gonçalo

que hoje estava a nevar.

Vesti sete camisolas,

com o sol sempre a brilhar.


Perguntei lá na cantina

o que seria o almoço.

Responderam: Gafanhotos

e casquinhas de tremoço.


A professora, maraota,

ia-me dando um desgosto

ao anunciar: Há aulas

no mês de Julho e Agosto.


Mas a maior das mentiras

foi a da televisão

que mostrou um dinossauro

a tomar banho em Olhão.


Amanhã vamos deixar

as mentiras na gaveta

e esperar por 1 de Abril

para pregar mais uma peta.


Falei para a minha mãe:

Plhe os ratos nos sofás!

Ela ia desmaiando

e quase caiu para trás.


(Retirado de "O Livro das Datas", Luísa Ducla Soares)

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